Presidente da República acusa, mas até hoje não apresentou as provas
O que deveria ser motivo de orgulho para o Chefe da Nação Brasileira, contar com um Sistema Eleitoral democrático, moderno, eficiente e transparente, que permitiu sua eleição e dos familiares, sem fraudes, durante anos, virou, no atual Governo, motivos de críticas e ataques da claque de apoiadores do Presidente da República aos serviços eleitorais.
Aqueles que acompanham de perto o processo eleitoral brasileiro, sabem da confiabilidade das urnas. Todas as etapas são precedidas de auditoria e controle pelos partidos, candidatos e pelos cidadãos. Todas as auditorias feitas até a presente data descartaram quaisquer falhas no processo.
O mandatário, com seu contumaz desrespeito às instituições republicanas, notadamente ao trabalho desenvolvido pelos servidores da Justiça Eleitoral, propaga para seu séquito de apoiadores que as eleições brasileiras são fraudadas, e que o mesmo teria vencido no primeiro turno as eleições de 2018, caso não tivessem ocorrido fraudes.
Mas, passados dois anos, até o presente momento, Bolsonaro, instado a apresentar as provas das fraudes ocorridas, pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quedou-se inerte.
Ao levantar suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral, sem provas, torna a instituição Justiça Eleitoral e seus servidores, vítimas de ataques sem precedentes nas redes sociais e, até mesmo, nas unidades de trabalho.
A falsa narrativa dos fatos só pode ter um objetivo – desestabilizar o pleito eleitoral de 2022, para que, em caso de derrota nas urnas, as eleições sejam contestadas, gerando uma situação de caos e perigo para os magistrados eleitorais, membros do Ministério Público eleitoral e servidores responsáveis pelo pleito eleitoral.
Urge a necessidade do Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais elaborarem respostas firmes ao Governo de plantão, sob pena das falsas narrativas criarem um ambiente de descrédito para a Justiça Eleitoral e um ambiente hostil aos servidores nas eleições de 2022, que lutam para que a democracia seja exercida na sua plenitude, sem fraudes, respeitando, acima de tudo o resultado das urnas.
O respeito pelo resultado é tão sagrado, que mesmo diante das críticas feitas por Bolsonaro durante todo processo eleitoral de 2018, grupo de servidores do TSE, que acreditaram nas propostas do então candidato, receberam o Presidente eleito no hall do TSE, sob aplausos.
O Sindicato, seguindo outras instituições, vai acionar judicialmente o Presidente da República para apresentar as provas das fraudes, que, caso existam, irão contribuir enormemente para o aperfeiçoamento e segurança das eleições.
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