O ilusionismo do Governo Federal e do Ministro Paulo Guedes para enganar os servidores públicos federais
Depois de anunciar a intenção de conceder um aumento linear de 5% para os servidores do executivo e iniciar tratativas com os Poderes Judiciário e Legislativo para calcular o impacto orçamentário da aplicação do índice na folha salarial dos servidores, equipe econômica do Governo Bolsonaro indica que o reajuste será zero.
Antes, em total desrespeito aos servidores aposentados, que tem sofrido a perda do poder aquisitivo, juntamente com os servidores civis, hoje, alcançando quase 30%, o governo cogitou conceder aumento somente no auxílio alimentação dos servidores da ativa. A manobra permitiria economia aos cofres públicos e reduziria o impacto no orçamento, mas a estratégia foi duramente criticada pelas entidades sindicais que não aceitariam deixar de fora da recomposição salarial, os servidores inativos.
Corrobora no sentido de reajuste zero, matérias divulgadas nas mídias na data de ontem, informando que o governo vai usar a reserva de 1,7 bilhão, reservada no orçamento para contemplar o aumento para as forças de segurança (PRF, PF e DEPEN), para abater o volume de contingenciamento necessário para cumprir o teto de gastos neste ano.
No mesmo sentido, foi o aviso dado pela Presidente do Banco Central, Campos Neto, que na última sexta-feira, dia 03/06/2022, avisou os sindicatos que representam os servidores da autoridade monetária que a categoria não terá reajuste.
Esse movimento orquestrado do Governo Federal para iludir as diversas categorias dos servidores públicos, de empurrar com a barriga, pode ser uma tática para ganhar tempo, já que pela Lei de Responsabilidade, não pode haver aumento de despesa com pessoal 180 dias antes do final do mandato.
Portanto, a única forma de resposta para o atual governo é a deflagração de uma greve geral, conforme indicativo aprovado no calendário da Fenajufe. Várias categorias do executivo já iniciaram o movimento grevista - agora é nossa vez. Neste sábado, 11/06/2022, às 10 horas, o sindicato convoca os servidores para assembleia geral para deliberar sobre o tema.