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Governo e Congresso firmam pacto para aprovar a Reforma Administrativa

Sem possibilidade de expandir o teto de gastos, uma das propostas é reduzir salário do servidor, mas o do baixo clero, para destinar recursos ao programa Renda Brasil
 
Em Brasília, na noite desta segunda-feira, 5, no apartamento do ministro do TCU, Bruno Dantas, foi selado um acordo entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, com o ministro da Economia e banqueiro Paulo Guedes: trata-se do pacto para votar somente as agendas econômicas, com destaque  especial para a Reforma Administrativa. 
 
O relator do orçamento da União (LOA/2021), senador Márcio Bittar (MDB/AC), já disse em alto e bom som que só vota as matérias que o Paulo Guedes autorizar. O que é  um exemplo de subserviência do parlamento ao Executivo. A expectativa dos líderes do Centrão, grupo aliado do Governo, é de votar a Reforma Administrativa antes das Eleições Municipais.
 
O enredo da tragédia para o servidor público é simples: o mercado financeiro e a grande imprensa não concordam com o aumento do teto de gastos para  bancar o eleitoreiro programa Renda Brasil, a saída então é remanejar recursos dentro do próprio orçamento.
 
De crítico do Bolsa Família, e de olho na reeleição de 2022, o presidente Bolsonaro está deslumbrado com o poder de voto do Renda Brasil. Uma agenda política que tem as digitais do Centrão. 
 
De onde tirar? E de quem tirar? Uma coisa é certa: a chamada cota de sacrifício não sairá dos altos escalões das carreiras consideradas típicas de Estado.
 
Não há que se esperar resistência por parte do chefe do Judiciário da União, ministro Luiz Fux, que tem um perfil alinhado com o programa neoliberal do Governo Bolsonaro.
 
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Da Redação do Sinjufego

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