A emenda, incluída na proposta da LOA já às vésperas de sua votação no Congresso Nacional a partir de uma intensa mobilização dos servidores no recesso do Judiciário, no entanto só fora mantida na Lei 12.381 devido a uma grande atuação de diretores da Fenajufe, realizada durante toda a quarta-feira (09/02). Por meio de vários contatos feitos com parlamentares e com representantes do governo federal, o assessor parlamentar da Fenajufe, Antônio Augusto Queiróz, obteve a informação de que a presidente Dilma cogitava vetar essa emenda. Um deputado muito próximo à cúpula do Executivo chegou a dizer ao assessor e a um dos dirigentes da Federação que a chefe do Poder Executivo estava analisando o veto e que a decisão seria tomada na tarde de ontem, antes de a Lei ser encaminhada para inclusão no DOU de hoje. Segundo o mesmo deputado, a indicação do corte teria partido dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda.
Após pressão, Peluso entra em contato com Dilma
Ao tomar conhecimento desse risco e preocupados com as informações divulgadas na grande imprensa, a partir do anúncio da área econômica do governo do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, os coordenadores Zé Oliveira, Antônio Melquíades [Melqui], Fátima Arantes e Valter Nogueira se movimentaram, entrando em contato com várias pessoas próximas ao governo e também ao Supremo Tribunal Federal com o objetivo de impedir que a emenda autorizativa fosse vetada. Além disso, a Fenajufe enviou ofícios aos presidentes do STF e do TSE e ao Procurador Geral da República pedindo que os mesmos tratassem do assunto com a Presidência da República.
O secretário de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira, também confirmou a Melqui que o ministro Peluso tratou do assunto diretamente com a presidente da República.
Para a coordenadora Fátima Arantes, de plantão esta semana, o fato de a presidente Dilma ter cogitado vetar a emenda comprova que a categoria precisa retomar as mobilizações para garantir a aprovação dos PLs 6613/2009 e 6697/2009. “O anúncio ontem da equipe econômica do governo de corte de R$ 50 bilhões no Orçamento e da suspensão da contratação dos concursados e de abertura de novos concursos confirma as especulações de que o governo pretende diminuir os gastos com o funcionalismo público. Pelo que ficou claro, a nossa emenda só não foi vetada devido à atuação da Fenajufe. Isso confirma que teremos muitos desafios nos próximos meses para impedir a retirada de direitos e garantir novas conquistas, como a revisão salarial”, ressalta a coordenadora Fátima.
Fonte: Agência Fenajufe de Notícias