Segundo o líder petista, as articulações estão acontecendo, mas até o momento ainda não há acordo no governo para votar o reajuste dos servidores. Teixeira informou aos coordenadores da Fenajufe que os líderes acertaram, na reunião, que continuarão empenhados para encontrar uma saída em relação ao impasse nas negociações. De acordo com ele, todos concordam que é preciso garantir, ainda no Orçamento de 2012, algum percentual para o reajuste dos servidores. “Estamos num novo momento das articulações e todas as lideranças do governo estão envolvidas. É importante que fique claro que não vamos fazer algo que o governo não aceite, mas vamos continuar trabalhando para uma solução. O ano no Congresso vai terminar no mínimo em 23 de dezembro, então até lá vamos fazer um esforço máximo para fechar um acordo”, disse Paulo Teixeira, informando que além do PT, também estão empenhados as lideranças do PMDB, PTB e PP.
O coordenador Zé Oliveira chamou a atenção para o fato de já haver uma sinalização favorável, por parte do governo, ao reajuste da magistratura, sem, no entanto, fechar um acordo para aprovar o PCS dos servidores. “É um absurdo se já tiver um acordo para votar o aumento dos juízes, sem que haja nada para os servidores. A categoria está há cinco anos sem qualquer aumento salarial”, afirmou o dirigente.
Melqui considerou válidos todos os esforços das lideranças partidárias, mas reforçou que é preciso um maior empenho dos deputados da base do governo para que haja um acordo favorável ao projeto original, mesmo com o parcelamento. “Reconhecemos o esforço de todos vocês, mas insistimos que as negociações sejam em torno do PCS original e que seja garantido um valor para 2012”, pontuou Melqui.
Saulo Arcangeli, ao perguntar sobre qual a perspectiva das lideranças em relação à emenda aprovada na Comissão de Constituição e Justiça [CCJ], que garante um valor para o pagamento de duas parcelas em 2012, lembrou que a categoria luta pela aprovação dos projetos do Judiciário Federal e do MPU há três anos. “Os servidores já estão na sua quinta greve por esse Plano e esperam uma resposta favorável. Esperamos que o Congresso, em especial a bancada do governo, considere a emenda e inclua os valores no relatório final da LOA”, defendeu Saulo.
Paulo Teixeira, que considerou legítimas as ponderações dos coordenadores da Fenajufe, garantiu que ele e os demais líderes de partidos manterão as articulações juntos a setores do governo federal. “Precisamos resolver esse problema. Para isso, temos um calendário de negociações”, informou Teixeira.
Ao final da reunião, os coordenadores da Fenajufe entregaram ao deputado um estudo, elaborado pelo assessor econômico Washington Moura, com a projeção das perdas inflacionárias atuais e até 2014 e um parcelamento para os próximos anos.
Fonte: Agência Fenajufe de Notícias