Ao sair do encontro com a presidente, Ayres Britto foi sintético. Declarou apenas que "gostou da conversa". Sobre a impossibilidade de reajuste "neste momento", o ministro frisou que a proposta de reajuste é para o ano que vem. Na audiência, conversou-se sobre o novo Pacto Republicano, as Leis de Acesso às Informações Públicas e de Improbidade Administrativa.
De acordo com o presidente do Supremo, "as conversas continuam", porém, Dilma alegou preocupação com a crise econômica mundial, cujas consequências ainda não são totalmente conhecidas, e que o governo tem dado prioridade ao enfrentamento da crise, com preservação do emprego de quem não tem estabilidade. Ayres Britto tem encontro marcado com a ministra do Planejamento Miriam Belchior para discutir o assunto.
Na conversa, o presidente do STF tratou também da segurança de juízes que estão sendo ameaçados. Britto mostrou-se preocupado com a gravidade dessas ameaças. A presidente teria dito que iria conversar com o Ministro da Justiça sobre a segurança dos magistrados.
O presidente do STF pediu apoio para projeto de lei para reforçar a proteção de juízes e fóruns, cujos seguranças passarão a portar armas. Também deve ser adotado o sistema de “juízes sem rosto”, em que até cinco juízes atuam no mesmo processo de forma a impedir a identificação de quem decidiu, em casos perigosos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi incumbido por Dilma de acompanhar os entendimentos com o Congresso e com o STF para a aprovação dos projetos de lei do Pacto Republicano.