A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal analisa nesta quarta-feira, 8, três Propostas de Emendas Constitucionais que tratam do restabelecimento do adicional por tempo de serviço.
As PECs 02 e 05 de 2011, de autoria do Senador Gilvan Borges, que restabelece o adicional por tempo de serviço, como componente da remuneração das carreiras da magistratura, do ministério público, da advocacia e da defensoria pública, e a PEC 68/2011, da lavra do Senador Huberto Costa – PT/PE, que altera o art. 37 da Constituição Federal para restabelecer o adicional por tempo de serviço como componente da remuneração das carreiras que especifica.
As referidas matérias tramitam em conjunto na CCJ, tendo como Relator o Senador Gim Argelo – PTB/DF, que proferiu parecer pela aprovação da PEC nº 68, de 2011, nos termos da Emenda Substitutiva que apresenta, e pela rejeição das PEC's nºs 2 e 5, de 2011. A emenda substitutiva apresentada pelo Relator restabelece o adicional por tempo de serviço às seguintes carreiras:
· O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado, salvo o disposto nos §§ 9 e 10, o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, salvo quanto ao adicional por tempo de serviço, o disposto no art. 37, X e XI e a ressalva constante no seu § 11.
· Os servidores públicos organizados em carreira remunerada por subsídio, os militares e aqueles que, em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo, desenvolvam atividades exclusivas de Estado, receberão adicional por tempo de serviço, na razão de cinco por cento a cada quinquênio de efetivo exercício, até, no máximo, trinta e cinco por cento incidente sobre o subsídio ou a remuneração, excluídas as parcelas de caráter indenizatório.
Além de outras que a lei dispuser, são consideradas atividades exclusivas de Estado:
- As exercidas por militares das Forças Armadas, policiais, bombeiros, guardas municipais, membros do Serviço Exterior Brasileiro e, ainda, no âmbito do Poder Executivo, as demais relacionadas à atividade fim de planejamento de infraestrutura, fiscalização, previdenciária e do trabalho, controle interno, segurança pública, planejamento e orçamento, gestão governamental, comércio exterior, política nacional de inteligência, política monetária e cambial e supervisão do sistema financeiro nacional;
- No âmbito do Poder Legislativo, as relacionadas à atividade fim de análise e instrução procedimentais e apoio inerentes à especialidade Processo Legislativo, produção, consultoria legislativa e orçamentária;
- As relacionadas à atividade fim dos Tribunais e Conselhos de Contas;
- As exercidas pelos integrantes das carreiras jurídicas de magistrado, membro do ministério público, delegado de polícia, advogado público, defensor público e, ainda, no âmbito do Poder Judiciário e das demais funções essenciais à Justiça, as atividades fins exercidas por seus integrantes;
- Os auditores e agentes fiscais de rendas ou tributos, integrantes das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A Sessão da CCJ será às 10h, na Sala de Reuniões nº 3, da Ala Senador Alexandre Costa, Anexo II, no Senado Federal.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sinjufego com informações do assessor parlamentar Alexandre Marques