O governo anunciou um corte de R$ 44 bilhões no Orçamento Geral da União deste ano de 2014, incluindo R$ 7 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Em 2013, o corte total foi de R$ 38 bilhões; em 2012, de R$ 55 bilhões.
A meta de economia para pagar juros da dívida (o chamado superavit primário) foi fixada em R$ 99 bilhões, equivalente a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Desse total, o governo central (que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) será responsável por R$ 80,8 bilhões ou o equivalente a 1,55% do PIB. Já os Estados e municípios deverão contribuir com R$ 18,2 bilhões, ou 0,35% do PIB.
O governo também reduziu a previsão de crescimento da economia de 3,8% para 2,5% em 2014. A projeção de inflação para este ano foi reduzida de 5,8% para 5,3%.
Superavit primário é o quanto de receita os governos conseguem economizar. Esse dinheiro é usado para pagar os juros da dívida pública. Um exemplo desses juros é o lucro que os investidores ganham quando compram títulos do governo.
Com corte no Orçamento, o governo compensa essa economia aumentando impostos e deixando de gastar, por exemplo, em investimentos em obras e serviços. Isso prejudica o crescimento da economia: as empresas investem menos, contratam poucos trabalhadores ou chegam a demiti-los. Tudo isso enfraquece o desenvolvimento econômico.
País gastou nos últimos cinco anos mais de R$ 1 trilhão com juros da dívida
O Brasil gastou mais de R$ 1 trilhão nos últimos cinco anos com pagamento de juros da dívida pública, conforme dados revelados pelo Banco Central.
No total, o setor público brasileiro teve uma despesa de R$ 249 bilhões em 2013 com juros. É o maior valor anual desde pelo menos 2002, quando o BC iniciou o registro desses dados pela metodologia atual. Se atualizarmos pela inflação, no entanto, o maior valor da série é o de 2011 (R$ 265 bilhões).
De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão.
Em média, cada um dos 94 milhões de brasileiros com ocupação remunerada gastou, indiretamente, R$ 11 mil no período para pagar os credores do governo, o que dá mais de R$ 2 mil por ano por pessoa.
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Fonte: Sinjufego com informações do uol economia