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Aos amigos e demais colegas do judiciário federal do Estado de Goiás.

Primeiramente, gostaria de avisar que não sou da área de direito, por isso perdoem-me os inevitáveis erros quanto a forma escrita. Eu tampouco sou alguém que aprecia ficar escrevendo textos para de alguma forma "ajudar o próximo" ou "orientá -lo" com meus "profundos conhecimentos sobre tudo que existe".

 O que me traz aqui na verdade é uma preocupação.  O que é um sindicato? Todos sabemos. É uma entidade criada para representar determinada categoria, onde seus integrantes, sua estrutura e seu aporte financeiro são mantidos pelos seus representados. 

Um sindicato só existe porque é necessário que haja "alguém" que fale em nome de todos sobre os tantos embates que temos de toda ordem e que sozinhos não teríamos voz nem vez. Penso que é consenso de todos essa importância. Mas entre nós isso não acontece. 

Temos sim um sindicato. O SINJUFEGO. E ele é bem atuante. Sua representatividade, porém, não chega a 50% de nós. Por motivos diversos, colegas não se filiam. Uns alegam "pasmem" que não precisam, outros que não concordam com as direções da diretoria, outros que acham cara uma mensalidade de quarenta e poucos reais, etc. Minha preocupação existe por causa de algo muito sério.

Nesta greve tenho percebido que em certos momentos, como na passeata do dia vinte quatro de Junho, havia uma unidade. Todos nós juntos, fazendo barulho, reivindicando algo justo, que independentemente do eventual sucesso do pleito, já estava acontecendo uma vitória. Aquilo foi lindo porque por naquele momento tínhamos um mesmo sentimento, não havia outra coisa senão nossa vontade se fazendo ouvir. Foi lindo quando cantamos o hino Nacional em frente à Justiça Federal. No dia 30 de junho, naquela histórica reunião dos integrantes do PJU (uns dois mil eu acho) ao lado do Senado Federal, conseguimos algo que eu achava muito difícil de acontecer, a inversão de pauta e a vitória na votação do nosso PLC 28/2015. Imagine só se houverem cento e vinte mil verdadeiramente pressionando a nossa presidente!!! Não podemos perder isso. Porque apesar da beleza, foram só momentos. Devemos temer algo terrível. A DEGRADAÇÃO do sentimento de unidade.

Todos nós, servidores do judiciário deveríamos nos filiar. O retorno é imenso. Você tem assistências, convênios, descontos e sobretudo, alguém que nos defenda, que fica atento aos nossos direitos, que consegue melhorias e por aí vai. Não devíamos ser tão individualistas a ponto de acharmos que não precisamos ou tão mercenários que só damos atenção quando é do nosso interesse. Tudo isso nos remete aos valores que estamos perdendo. SIM, PERDENDO. Estamos ficando torpes. Estamos ficando dormentes diante das virtudes que fazem um ser humano. 

Ser do sindicato significa estar a favor da democracia. Em uma assembléia você pode discordar. Se não gostar de uma decisão você pode pedir mudança, você será ouvido.

Quando o sindicato é forte a categoria é forte. Porém, quando não há 100% de apoio não há como lutar com força e/ou qualidade. Perdemos em representatividade, perdemos a capacidade de mobilização, não há como arcar com os custos de uma greve ou qualquer outra demanda cujo sindicato esteja aguerrido.

Finalizando amigos, sou apenas mais um sindicalizado. Sinto falta da união de todos. Filie-se. Tenha consciência. Pelo menos pense a respeito. Não fique assim. Dê respaldo àqueles que lutam por você, por nós.


Atenciosamente,

Marcos Rogério Santiago

Técnico Judiciário

Analista de Redes

TRE-GO

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