Em sessão marcada por debates acalorados e por
invasão de agentes penitenciários, o Governo, com sua tropa de choque, venceu
o primeiro round contra os trabalhadores.
Na
noite de ontem, 3, a Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC
287/16) aprovou por 23 votos a 14, o texto-base do relator, deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
Apesar
da vitória do governo na Comissão, a oposição argumentou durante todo o dia que
o resultado desta votação já era conhecido porque os partidos da base do
governo poderiam substituir os parlamentares que estivessem querendo votar
contra.
Nesta
semana, foram feitas cinco mudanças na comissão entre deputados da base. A
oposição acredita, portanto, que a votação no Plenário será muito diferente
porque serão necessários 308 votos em primeiro e segundo turnos.
Os
únicos titulares na Comissão representando o Estado, e com 4 preciosos votos,
os quais foram contrários aos direitos dos servidores e trabalhadores, os
deputados federais por Goiás Alexandre Baldy (PTN-GO), Giuseppe
Vecci (PSDB-GO), Magda
Em
Goiás será deflagrada campanha de ampla divulgação dos nomes dos deputados goianos
que votaram contra os interesses dos trabalhadores.
Invasão
A votação dos destaques foi interrompida após uma invasão de dezenas de agentes
penitenciários no plenário da comissão. Os agentes penitenciários invadiram a
Câmara e agrediram verbalmente os deputados, contrariados com a retirada deles
das regras de aposentadoria especial dos policiais, que têm 55 anos de idade
mínima.
Idade
mínima
A reforma aprovada fixa idades mínimas de aposentadoria de 62 anos para a
mulher e 65 anos para o homem, mas essas idades serão alcançadas até 2038.
Também será elevado gradualmente o tempo de contribuição mínimo de 15 para 25
anos. Quem já está no mercado de trabalho terá que cumprir um pedágio de 30%
sobre o período que faltar para completar os tempos de contribuição atuais: de
35 anos para o homem e 30 anos para a mulher.
Essa proposta atinge também os servidores que
ingressaram no serviço público até a data da publicação da EC 41 com perda da
integralidade e paridade na aposentadoria, caso não optem esperar até os 62
anos de idade, se mulher e 65 anos, se homem.
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Sinjufego
com informações da agência Câmara notícias