Na noite de ontem (22/11), em mais um
jantar no Palácio da Alvorada, preparado para cerca de 300 deputados da base
aliada, mas com a presença de pouco mais de 170, o presidente Michel Temer
(PMDB) apresentou o novo texto da reforma da Previdência. Sob o discurso de
cortar privilégios de servidores, a versão apresentada durante o jantar tem
regras mais rígidas de aposentadoria para o servidor público na comparação com
outros trabalhadores da iniciativa privada.
A
nova proposta apresentada na noite de ontem prevê 15 anos para o trabalhador da
iniciativa privada e 25 anos para o servidor público. Com 15 anos no regime
geral, o trabalhador se aposenta com 60% da renda média de contribuição. No
regime próprio, a partir do mínimo de 25 anos de contribuição, o servidor
começa com 70%. No regime geral, o tempo de contribuição para se ter direito ao
teto da Previdência, atualmente limitado em R$ 5.531,31, passaria a ser de 40
anos de contribuição.
A idade mínima de aposentadoria de 65
anos para homens e 62 para mulheres, como estava no texto original, está
mantida. Neste ponto, professores e policiais passam a cumprir exigência de 60
anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção de gênero.
O texto estabelece uma transição de
acordo com o regime de aposentadoria e o tempo de serviço. No regime geral,
quem contribuir pelo período mínimo de 15 anos, receberá 60% da aposentadoria.
No caso de servidores, quem completar 25 anos de contribuição terá 70% do
benefício. A cada período de cinco anos a mais de trabalho, o percentual do
valor de aposentadoria aumenta. Para assegurar o valor integral da
aposentadoria, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos.
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Da Redação do Sinjufego com informações do Congresso em Foco