Não adianta colocar grades, se internamente são doentias
as relações de trabalho
A OMS alerta que a
cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Prevenir o suicídio agora
é uma preocupação de todas as nações. Hoje, 10 de setembro, é o dia dedicado a
discutir esse assunto, que é de relevante interesse à saúde pública.
Fazendo um recorte
para a categoria dos servidores do Judiciário brasileiro, vemos que há casos
registrados de suicídios de servidores realizados no local de trabalho.
Os sindicatos
relacionam esses casos a possíveis pressões e cobranças para cumprimento de
metas. Por trás do alcance dos índices, há uma dor emocional e física para
obter os números de qualidade dos Tribunais e CNJ. Isso tem um preço doloroso
para os servidores.
Também há pesquisas
dos sindicatos que constatam que a depressão é um dos principais fatores de
absenteísmo ao serviço. Esse adoecimento psíquico dos servidores tem muito a
ver com o adoecimento nas relações de trabalho.
Para prevenir o
suicídio na nossa categoria, que é a parte do mundo em que vivemos, a
Administração dos Tribunais tem um grande papel a fazer: precisa, antes de mais
nada, humanizar as relações de trabalho.
Como medida
preventiva, de nada adianta colocar grades nos parapeitos dos andares dos
Tribunais, se lá dentro, internamente na Vara, no Cartório, as relações de
trabalho não encontram limites, permanecendo inalteradas em seu estado doentio.
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Sinjufego