Na revisão do orçamento de 2022 feita pelo Governo Federal, servidor público civil fica em segundo plano, situação diferente dos servidores militares que tiveram reajustes generosos nos últimos anos.

Em ofício enviado nesta quinta-feira, 9, ao relator-geral do orçamento, deputado Hugo Leal (PSD/RJ), o Ministério da Economia pediu uma série de ajustes no orçamento, mas sem previsão de reajustes para o servidor público federal em 2022, ao se confirmar essa possibilidade, o atual governo passará 4 anos de mandato sem um único reajuste de salário para o conjunto dos servidores públicos federais.

Aproveitando da sobra orçamentária da PEC dos Precatórios, que adia o pagamento das dívidas judiciais da União, prejudicando milhares de brasileiros, Governo estima em R$ 106,1 bilhões o teto para acomodar despesas adicionais de 2022, com prioridade para pagamento do Auxílio-Brasil, que deverá consumir 90 bilhões, nos cálculos do Ministério da Economia.

Mesmo reconhecendo que os servidores públicos estão há mais de 3 (três) anos sem aumento e que a inflação só este ano já ultrapassou a casa dos dois dígitos, o presidente Jair Bolsonaro disse que “a ideia é dar um aumento  de 5%, 4%, 3%, 2%, 1%, ...”.

Para o Sinjufego, ainda que sejam concedidos esses percentuais mínimos de reajuste, em nada vai refrescar a situação dos servidores do Judiciário Federal que experimentam hoje uma perda histórica no poder de compra, acentuada pela escalada da inflação, uma que os preços não param de subir, mas os salários continuam congelados.

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