Convém ressaltar que a Administração do TRE-GO se candidatou à biometria sem discussão maior com o corpo funcional e sem a participação da entidade de classe, projeto esse que, diante da sua magnitude, deveria ser precedido de maior envolvimento entre a Direção e seus servidores.
Com a meta atingida, espera-se que a qualidade dos serviços executados tenha sido igualmente alcançada, garantindo a eleitores e servidores a normalidade do processo eleitoral em outubro próximo.
Ninguém desconhece que os procedimentos de recadastramento biométrico são revestidos de certa complexidade que requer prévio e minucioso treinamento de todas as pessoas envolvidas.
À primeira vista pode haver implicações futuras, desde trabalhistas e administrativas, decorrentes do exercício indevido de atividades inerentes ao quadro da Justiça Eleitoral.
Os contratados, estagiários, terceirizados e cedidos não têm nada a ver com a falta de empenho da Administração Superior na criação de mais cargos para a Justiça Eleitoral.
Foi o TSE que inverteu a ordem das coisas: primeiro teria que expandir o quadro de pessoal nas Zonas Eleitorais para depois incentivar o recadastramento biométrico. É dever de todos os sindicatos lutar contra o ESVAZIAMENTO PROFISSIONAL da Justiça Eleitoral, a precarização e o improviso dos serviços eleitorais depõem contra o fortalecimento do processo democrático que assegura a cada eleição o pleno exercício da soberania popular.
Sinjufego - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Goiás