Veja abaixo a matéria publicada hoje (25/09/2013) no jornal O Popular em que destaca a preocupação do Sinjufego:
Empresa contratada para vistoriar prédio
Por Cleomar Almeida
Numa corrida para resolver problemas na infraestrutura do prédio de sua sede, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO) iniciou ontem processo de contratação, em caráter emergencial, de empresa destinada à realização de vistoria na unidade, no Setor Bueno, na Região Sul de Goiânia. Três empresas já apresentaram propostas, conforme antecipou ao POPULAR o diretor-geral do Fórum Trabalhista na capital, Ricardo Lucena. O edifício não possui autorização para ser habitado, mas a Secretaria de Fiscalização do Município de Goiânia (Sefiz) faz vistas grossas a essa irregularidade.
Com apenas um ano e cinco meses de inauguração, o edifício está castigado por uma série de trincas e fissuras nas paredes e no piso, conforme divulgou O POPULAR na edição de ontem. Além disso, há problemas na parte elétrica. A queda de energia é constante em todos os andares e, à noite, os circuitos de iluminação normalmente não são desligados.
As denúncias fizeram o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal em Goiás (Sinjufego), João Batista Moraes Vieira, enviar ofício até para o procurador regional do Trabalho no Estado, Januário Justino Ferreira, solicitando a tomada das providências necessárias para proteger o público usuário do edifício. Em média, 1,5 mil pessoas passam por dia no local, onde também cumprem expediente 800 magistrados, servidores e estagiários. O documento enviado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) é assinado em conjunto com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União em Goiás (Sinasempu-GO).
LAUDOS
O Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal em Goiás (Sinjufego) também cobrou do TRT-GO cópias do laudo de vistoria e do auto de interdição, entregue, na sexta-feira passada, pela Defesa Civil do Município de Goiânia. Ricardo Lucena disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o tribunal já atendeu o pedido do sindicato, cujo presidente alerta para o clima de tensão que o problema criou entre os trabalhadores. “Os servidores estão com medo e sem tranquilidade para trabalhar”, disse Vieira. “A situação é ainda mais grave porque o prédio é novo e já apresenta problemas”, emendou ele, acrescentando que o Sinjufego vai contratar engenheiros para fazerem, de forma independente, um laudo das condições do Fórum Trabalhista.
Mesmo sem autorização para ser habitado, o prédio funciona normalmente. A reportagem tentou conversar com o secretário de fiscalização de Goiânia, Allen Viana, mas sua assessoria de imprensa informou que ele esteve ocupado, durante toda a tarde de ontem, em reuniões, no Paço.
Sindicato pede ajuda ao Crea
O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal em Goiás (Sinjufego), João Batista Moraes Vieira, frisou que vai pedir ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) que tome as medidas cabíveis sobre os problemas estruturais verificados no prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO). O diretor-geral do TRT-GO, Ricardo Lucena, afirmou que também vai solicitar uma comitiva de engenheiros do conselho, para acompanhar a vistoria a ser realizada em caráter emergencial.
O engenheiro civil Roger Pacheco Piaggio Couto, vice-presidente do Crea-GO, adiantou que, possivelmente, vai encaminhar uma comitiva de profissionais para conversar com o Núcleo de Engenharia do TRT-GO. Ele disse que situação da Gilberti Construtora Ltda., que executou o projeto de construção do Tribunal, é regular. A obra custou R$ 65 milhões, de acordo com o chefe da Engenharia do Fórum Trabalhista em Goiânia, Crebilon de Araújo Rocha Filho.