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Luta concomitante pela derrubada do Veto nº 26 pode ser empreendida com a negociação pelas grandes melhoras no PL 2648

Após a mudança brusca de cenário no campo político e jurídico no último mês de setembro em relação à derrubada do veto nº 26 ao Plano de Cargos e Salários dos Servidores do Poder Judiciário da União (PLC nº 28), muito se tem discutido se é cabível ainda empreender esforços pelo PLC nº 28.

Os colegas servidores do Judiciário tem se desvencilhado de suas atividades cotidianas e incansavelmente se deslocado à Brasília, onde de forma sucessiva, são realizadas manobras e acordos políticos, envolvendo entrega de ministérios e milhares de cargos no segundo e terceiros escalões do governo para que, por um capricho pessoal da senhora presidente da república, o veto ao merecido PCS dos servidores do Judiciário Federal seja mantido. 

É de se entender que os servidores estejam cansados e desgastados com as infrutíferas idas a Brasília; no entanto, torna-se frustrante abandonar o veto nº 26 numa nau sem rumo, ladeira abaixo e de forma simplória, apenas focar-se nas melhorias do PL nº 2648, elaborado sem negociação com a Fenajufe e imposto pelo Presidente do STF e o Ministério do Planejamento. Ao mesmo tempo, agindo desta forma, os servidores de Goiás estariam se divorciando da grande maioria dos sindicatos de base e a Fenajufe, que atualmente ainda estão defendendo e trabalhando pela derrubada do veto.

Realidade a nossa frente, percebe-se que a derrubada do veto torna-se, por outro lado, cada vez mais improvável, principalmente pela redução do apoio no Senado Federal que necessita também do voto maioria absoluta de presentes para sepultar qualquer veto. Cada vez que se promove a contagem de parlamentares a favor do PLC nº 28, é reduzido mais e mais o número de deputados e senadores apoiadores, em razão do bombardeio contrário da grande imprensa, bem como do Poder Executivo que seduz visceralmente a boa parte com benesses e cargos.

Os servidores, pelo que se percebe, querem e desejam que o veto nº 26 seja apreciado logo e que haja uma decisão urgente sobre isso. Não se sustenta o argumento de obstruir mais sessões, porque isto poderia ser utilizado com meio de negociação, pois o executivo está dando pouca importância para esse poder de troca. Os servidores, pelo que se observa, estão cansados de aguardar sucessivas sessões adiadas para encontrar o momento mais favorável à apreciação dos vetos, e o governo central, de tão confiante na manutenção, deseja também a apreciação dos malfadados vetos. 

Vamos sim negociar um bom PCS para nós, com as emendas modificativas, mas necessário se faz que também pressionemos pela apreciação do veto nº 26 e trabalhemos com outdoors para valorizar os parlamentares que estão com os servidores, tal qual fez o estado do Tocantins, pois chance sempre há de que venhamos a restabelecer o tão almejado PLC nº 28, pondo abaixo este Veto nº 26. 

        Por Aurélio Gomes de Oliveira. Sindicalizado do Sinjufego

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