Por Jean Loiola, servidor do MPT/MPU no RS e dirigente da Fenajufe
O Ministério Público e suas contradições calcadas no blandicioso patriarcalismo corporativista.
O MP é melhor que isso.
Melhor que o comportamento monárquico da cúpula diretiva da casa que se porta como se o MPU não fosse um todo orgânico composto por procuradores e servidores.
Cúpula corporativista que defende 60 dias de férias, acumulação de ofício, auxílio-moradia de 4000 reais, classe executiva em viagens institucionais, diárias de 1000 reais. Que defende mais 6000 reais de aumento depois dos quase R$ 10.000,00 obtidos recentemente entre aumento do subsídio e auxílio-moradia.
Rendo minhas homenagens aos procuradores que fazem a diferença não apenas nos processos, mas também na crítica a essas benesses típicas dos palacianos europeus do séc. XVI.
O MP é melhor que isso.
Atrás das ações que ajudam a defenestrar a corrupção existe não apenas um procurador.
Existem servidores, muitos por sinal, que dão suporte e também fazem parte da manufatura dos resultados que ganham a imprensa e contribuem para a defesa da sociedade.
Na hora da luta contra a PEC 37, nós ouvíamos de suas excelências : "O MP somos todos nós".
Agora sobre esse substitutivo ridículo ao PLC 41, proposto pela PGR, ouvimos de suas excelências o silêncio, a ignorância sobre o tema ou comentários resignados como se a desvalorização salarial dos servidores não fosse um problema institucional.
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Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta, necessariamente, a opinião da diretoria do Sinjufego.