Circula nas redes sociais e nos grupos de whatsapp informação de que o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, teria recebido na noite de quinta-feira, 03/03, uma comissão de servidores do Supremo para discutir exclusivamente carreira própria. Ainda segundo os comentários, "o referido grupo solicitou a inclusão em pauta da proposta de anteprojeto de lei que prevê a desvinculação da carreira do Supremo, com a recepção do reajuste devido ao Poder Judiciário." 

A nota disse que  Lewandowski, após ouvir os membros da comissão, afirmou que vai autuar e distribuir o processo e, após a conclusão do parecer do relator, vai incluir o assunto em pauta de sessão administrativa.

Associação dos servidores do STF, Astrife, apoia e trabalha pela causa alegando que o Supremo precisa de um quadro funcional forte que saiba representar à altura o Tribunal que goza de grande prestígio perante a opinião pública. Astrife sustenta que os servidores sentem-se honrados em fazer parte do STF, mas estão desmotivados com a defasagem salarial.

A Fenajufe tem posição contrária à proposta de desvincular a carreira dos servidores do Supremo do restante dos demais servidores do Poder Judiciário da União. Para o diretor do Sinjufego e coordenador da Fenajufe, João Batista, "o projeto de carreira solo dos servidores do STF abre caminho para os Tribunais Superiores seguirem no mesmo sentido, precarizando o tratamento em relação aos servidores da base, privilegiando assim o ápice da pirâmide dos Tribunais cujas sedes estão em Brasília. Corre-se o risco de termos uma fragmentação na estrutura administrativa dos Tribunais da União: um Judiciário da cúpula de Brasília, em minoria em termos de servidores, e um Judiciário das capitais e das cidades do interior do país, em maior número de servidores, mas fragilizando-os em poder de negociação." 

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Da Redação do Sinjufego