Fundada em 1992, a Fenajufe não acompanhou o dinamismo da categoria, incapaz hoje de responder às demandas na rapidez esperada pelos sindicatos de base, se perde no lento e contencioso sistema colegiado criado mais para abrigar as correntes sindicais e partidárias do momento.

A Federação se consome em si mesma, na fogueira das vaidades dos seus coordenadores, na disputa diária por melhor espaço no palco de um cenário que não desperta mais atenção dos servidores. O que esperar de uma entidade que não atua de forma coesa, que age em grupos apartados, cada qual no seu canto? Esse é o exemplo? Isso tem que mudar.

O Sinjufego, sindicato atuante e independente, não participa desta XX Plenária porque será um encontro que tem todas as chances de repetir o mesmo formato dos anteriores. Será o mais do mesmo. Gasta-se muito, sacrifica os pequenos e médios sindicatos para não vencer a pauta mínima da categoria. É preciso que a Fenajufe implemente outras formas de participação menos onerosas e mais producentes. 

Em 2016, está se repetindo o mesmo que ocorreu em 2013 quando então o milionário Congrejufe daquele ano não foi suficiente para aprovar o plano de lutas e as poucas propostas de reforma estatutária. Naquele ano foi preciso chamar outra Plenária que também foi insuficiente para exaurir a pauta da categoria que era para ser encerrada no Congrejufe. Por isso que 2016 é o espelho de 2013, tornando-se quase uma tradição haver no ano do Congrejufe uma outra Plenária Extraordinária para complementar aquilo que não foi concluído no Congrejufe.

Por isso que o Sinjufego não formará claque de plateia para aplaudir ou vaiar correntes divergentes que se revezam no palanque para fazer ataques recíprocos, deixando em segundo plano a discussão sobre os interesses maiores da categoria. Esse formato está esgotado e cansativo, afastando a participação de servidores e inibindo o surgimento de novas lideranças sindicais. 

Em todos os sentidos, os encontros presenciais são preciosos e caros, por isso que têm que ser  melhor aproveitados. As naturais divergências sindicais não deveriam dominar os debates dos congressos da categoria cuja programação, na visão do Sinjufego, deve ser no formato propositivo de resolver as questões prementes da categoria, com foco principal nas demandas da carreira, adotando um viés menos retórico e mais técnico, mais estratégico, com atuação coesa em torno um sindicalismo de resultado, é isso que se espera de uma entidade nacional que representa os servidores do Poder Judiciário da União.

---
Sinjufego - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal de Goiás - filiado à Fenajufe