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Numa velocidade estonteante, no mesmo dia em que foram reveladas gravações comprometedoras de interferência na operação Lava-Jato, o então ministro Romero Jucá, da pasta do Planejamento, pediu licença do cargo, num eufemismo para não dizer que foi exonerado.

Único integrante do atual governo a declarar publicamente que os projetos de reajustes dos servidores seriam cumpridos, a saída de Romero Jucá lança sensíveis dúvidas sobre o futuro do PL 2648/2015, projeto dos servidores do Judiciário Federal cuja negociação se arrasta desde a manutenção do veto ao PLC 28/2015, ocorrida em novembro do ano passado.

Acresce-se a isso que hoje, 24/05, o Congresso Nacional analisa o aumento do déficit para 170,5 bilhões, combinado com o anúncio de novas medidas do ajuste fiscal a ser feito também hoje pela equipe econômica do "primeiro-ministro" Henrique Meirelles, que atua com carta branca no governo interino de Michel Temer para promover o arrocho nas contas públicas.

E conforme relato de dirigentes sindicais que atuaram ontem, 23/05, na Câmara Federal, o novo líder do Governo na Casa, André Moura, mostrou-se reticente quanto à aprovação do PL 2648/2015.

Análise do Sinjufego: o sindicato de Goiás, desde agosto de 2015, vinha alertando a categoria para o agravamento da crise político-econômica que poderia inviabilizar, em meses futuros, a parcial reposição salarial. Numa espécie de sobe e desce de montanha russa, o cenário atual continua sujeito a indefinições, com a real possibilidade dos servidores serem chamados, mais uma vez, a contribuir com a sua cota de sacrifícios para o ajuste fiscal, que promete vir muito forte. 

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Da Redação do Sinjufego

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