Em seu site, a Federação faz chamada para que os sindicatos de base continuem a buscar interlocução com os senadores nos seus Estados de origem. Ao longo da última semana, os dirigentes sindicais fizeram trabalho interno de convencimento no Senado para aprovar o PLC 29/2016.
Ao contrário do que se acreditava, e apesar de haver com o Executivo acordo na sua aprovação, o projeto de reajuste dos servidores do Judiciário Federal vem sofrendo certa resistência de alguns senadores que invocam nas suas falas a atual crise econômica do país.
A remessa do PLC 29/2016 às Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Assuntos Econômicos (CAE) representa muito bem essa manobra protelatória de querer esfriar as pretensões dos servidores, ainda mais com a proximidade do mês de julho, marcadamente período de recesso nos Tribunais Superiores e de pouca atividade legislativa no Senado que estará todo ele focado nas reuniões da Comissão do Impeachment.
E por isso que começa a ser questionada essa atuação da Fenajufe de atuar exclusivamente na parte interna do Senado sem convocar e promover Atos Nacionais para pressionar externamente os senadores. Desde as grandes mobilizações do ano passado para aprovar o PLC 28/2015 e, posteriormente, para se derrubar o veto 26/2015, nunca é demais dizer que os senadores já sabem muito bem do histórico sobre a causa dos servidores do Judiciário Federal.
O trabalho interno no Senado é muito importante, mas resta saber até que ponto os tapinhas nas costas, as conversas apressadas, improvisadas nos corredores e as fotos com os senadores trarão o resultado esperado pela categoria que é a aprovação do PLC 29/2016. Para pressionar pela apresentação e aprovação do requerimento de urgência do PLC 29 na CCJ, talvez o melhor caminho neste momento é associar as mobilizações externas com as atividades de interlocução interna no Senado.
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Da Redação do Sinjufego