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O contribuinte brasileiro vai bancar este ano mais de R$ 2 bilhões com o pagamento do auxílio-moradia a autoridades e funcionários de alto escalão, cuja remuneração pode passar dos R$ 30 mil. Para ter uma ideia, com o valor do benefício seria possível construir mais de 43 mil casas populares, ao custo de R$ 50 mil cada, ou conceder Bolsa Família para 11 milhões de pessoas.

Essas são as despesas previstas com o benefício para os três poderes, o Ministério Público e a Defensoria Pública, no âmbito federal, e para conselheiros dos tribunais de contas de estados e municípios, juízes, procuradores, promotores e defensores públicos estaduais. O total gasto em todo o país com o auxílio-moradia é ainda maior. Não estão computadas na conta as despesas dos estados com representantes do Legislativo e do Executivo locais.

Os dados são de levantamento da Consultoria Legislativa do Senado. O orçamento federal para este ano reserva R$ 832 milhões para bancar o conforto de autoridades e servidores sem que precisem mexer no bolso, ou engordar seus contracheques. Em média, a verba varia de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil por mês. O estudo não inclui os gastos dos governos estaduais. Os números inclui despesa de auxílio-moradia para embaixadores e funcionários do ministério das Relações Exteriores.

Em relação ao Poder Judiciário da União, a Justiça do Trabalho, com R$ 197,7 milhões e o Ministério Público da União, com R$ 124,1 milhões e Justiça Federal, com R$ 107,4 milhões, puxam a lista das instituições com mais verba para o auxílio-moradia em 2018.  

Aos magistrados o auxílio-moradia foi concedido em 2014 por decisão liminar do ministro Luiz Fux. A presidente do STF, Cármen Lúcia, pretende levar ao plenário o julgamento da causa, com previsão para ser pautado em março.

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Sinjufego com informações do Congresso em Foco

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