Atuação pode
ser vista como provável reajuste do subsídio da magistratura em 2019 absorvendo
o auxílio-moradia. Supremo tem até 31/08/2018 para enviar ante-projeto de lei.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministra Cármen Lúcia, reforçou, em nota técnica enviada ao Congresso Nacional,
no dia 10 de julho, seu posicionamento a favor da concessão da reposição geral
anual dos salários dos servidores públicos. A avaliação da ministra surgiu em
meio a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi votada na
última quarta-feira, dia 11.
Cármen Lúcia pediu uma nova avaliação de temas
aprovados pela Comissão de Orçamento do Congresso e que seguiram para debate no
plenário do Congresso. Entre as propostas, além da vedação a revisão geral
anual dos vencimentos, Cármen Lúcia questionou a redução linear em 10% das
despesas de custeio, a execução provisória do Orçamento e a vedação à criação
de cargos e a concessão de aumentos.
O texto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento do
Congresso Nacional apontou a vedação para a concessão da revisão geral anual,
assim como o impedimento sobre a criação de cargos e a negociação de reajustes
junto ao funcionalismo. Diante do indicativo, o Supremo se posicionou contrário
aos termos. No caso da revisão anual, Carmén Lúcia foi enfática: "O
direito à revisão geral anual é direito constitucional do servidor público,
expressamente previsto no art. 37, inc. X, da Constituição da República, não
sendo possível sua supressão por lei ordinária".
Quanto a abertura de vagas no serviço público federal
e a concessão de reajustes, o Supremo lembrou que não é possível liminar as
ações de toda a administração:
"O relatório final apresentado destoa das regras
estabelecidas pela Constituição da República para a redução de despesas,
impondo a todos os órgãos da Administração Pública Federal medidas
sancionatórias previstas apenas para órgãos que não conseguirem alcançar os
objetivos constitucionais".
Os pontos questionados pela presidente do Supremo
foram debatidos pelo plenário do Congresso. Deputados e senadores acordaram
pela retirada dos pontos presentes no relatório aprovado pela Comissão de
Orçamento.
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Sinjufego com informações do jornal extra