Com um cenário de crise política extremamente grave, aliada a uma acentuada recessão econômica, a atenção do Congresso Nacional se concentra, no momento, no processo do impeachment da presidente Dilma e nos desdobramentos da operação Lava-Jato. Nesse contexto, avalia-se que há pouco espaço no Parlamento e, no próprio Judiciário, para aprovação do PL 2648/2015.
Dividida em seus grupos hegemônicos, a Fenajufe continua batendo cabeça, realiza conversas com parlamentares e com o DG do STF, tira fotos aqui e acolá... mas sem apresentar resultados efetivos. Como entidade negociadora da categoria, a Comissão de Negociação da Fenajufe precisa passar a devida e necessária transparência aos servidores, dizer a real situação com base na análise da conjuntura de momento.
Sobretudo é preciso que as forças políticas que compõem a Fenajufe (PSTU, PSOL, PT, PCdoB, CUT, CONLUTAS e LUTAFENAJUFE) acenem com bandeira de paz, assinem um armistício, para que assim possam atuar de forma conjunta em prol da coletividade dos servidores. Para o SINJUFEGO, nada, absolutamente nada, deva estar acima dos interesses da categoria. Não dá mais para termos uma Fenajufe esfarelada em grupos, pois é comum observarmos coordenadores de campos políticos opostos atuarem em separados no Congresso Nacional, cada grupinho no seu canto. Isso está longe de ser entidade de negociação: como a Fenajufe pode querer cobrar unidade da categoria se ela mesma age de forma dividida?
A primeira parcela do PL 2648 já caducou em 1º de janeiro. E será que vai caducar em 1º de abril a primeira parcela prevista no projeto substitutivo? Precisamos retomar urgentemente a campanha de valorização e respeito aos servidores. E mesmo nesse período de crise é preciso abrir espaços, baixar as armas, aumentar nossa unidade e reconstruir pontes.
É preciso ressaltar também que o SINJUFEGO, desde o ano passado, vem ponderando, usando o bom senso e a transparência nas avaliações dos possíveis cenários para se aprovar o projeto de reposição salarial dos servidores, ninguém foi enganado nem iludido. As dificuldades de agora para se conquistar um reajuste salarial, ainda que parcial, foram previstas pelo sindicato de Goiás, se confirmando hoje aquilo que era debatido nas assembleias do sindicato, que fazia alerta de quando mais o tempo passasse, mais a crise político-econômica poderia aumentar e mais distante ficaria a aprovação do reajuste salarial.
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Da Redação do SINJUFEGO