O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal,
liberou as liminares em que concedeu auxílio-moradia à magistratura para serem
julgadas pelo Plenário. Os ministros discutirão se mantêm ou não a liminar,
concedida pelo ministro em setembro de 2014. Agora, a presidente do STF,
ministra Cármen Lúcia, deve marcar uma data para o julgamento.
Na liminar, Fux decidiu que o benefício é descrito
pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) como direito de todos os
juízes do país. No dia 14 de setembro de 2014, ele atendeu a pedido da
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e determinou o pagamento da
benesse aos juízes federais. Uma semana depois, estendeu a decisão aos juízes
de todas as carreiras.
A decisão vem causando polêmica. Principalmente porque
vem sendo tratada como regulamentação de um direito previsto na Loman. Logo
depois da decisão de Fux, o Conselho Nacional de Justiça editou uma regra para
ditar como deve ser feito o pagamento do auxílio.
Alguns advogados da União vêm monitorando o pagamento
dos auxílios por tribunais e calculam que ele tenha custado, desde que concedido
por Fux, R$ 1 bilhão. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo
mostrou que os tribunais gastam, juntos, R$ 890 milhões por ano com benefícios,
entre eles o auxílio-moradia.
---
Sinjufego com informações da Conjur