Na nova Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro, é
quase certo que o programa vai incluir a adoção do sistema de capitalização —em
que cada pessoa faz sua própria poupança para bancar a aposentadoria no futuro.
O atual sistema brasileiro adota o critério de
repartição mista na qual o beneficiário e o Governo contribuem para a
Previdência.
Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, já adiantou
que quer aplicar o sistema de capitalização pura, isto é, somente o trabalhador
contribui, sem a cota parte do Governo.
Guedes ainda quer uma Reforma Previdenciária mais
abrangente do que a atual proposta pelo Governo Temer. Não se tem notícia ainda
dessa "proposta mais abrangente". A equipe do presidente recém eleito
já se articula para aprovar ainda no Governo Temer a PEC 287/2016, assim a
futura gestão Bolsonaro evitaria o desgaste na aprovação da Reforma e
credenciaria o deputado Rodrigo Maia para ser reconduzido à presidência da
Câmara Federal. Sem contar que Michell Temer poderia ganhar algum apoio para
quando perder o foro privilegiado. Temer está sendo investigado pela Polícia
Federal.
Em palestras a empresários e analistas financeiros,
Guedes também falou contra a rigidez imposta ao Orçamento da União. Hoje, 92%
dos recursos estão travados —têm destino definido por lei.
Dentro desse escopo estão as despesas obrigatórias,
como Previdência, folha de pagamento, abono salarial, renda para deficientes e
idosos.
Há também as chamadas despesas vinculadas, destinadas
para saúde e educação.
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Sinjufego